sábado, 1 de agosto de 2009

Me, myself..

Já disseram mais de uma vez que é preciso manual de instruções para lidar comigo. Será mesmo? Acredito mais na hipótese de que todo mundo tenha muito mais o que fazer além de tentar decifrar a personalidade alheia. O que é uma pena... um desperdício de boas surpresas, que eu não cometo. Mas, para observador ou não, é fato que quando surge um interesse por alguém (seja amigo, namorado ou o que for) não existe fase mais maravilhosa que a da descoberta. É claro que pode vir a ser uma grande frustração também – e para mim quase sempre é -, mas instiga a olhar mais para o outro; e menos para o próprio umbigo. E, cara, descobrir o outro é uma delícia. Eu adoro. Principalmente quando ele se mostra um dos seus.

Pensando nisso, me dei conta de que talvez meus amigos não me conheçam tão bem; que talvez meus ‘amores’ do passado nunca tenham me conhecido; e que provavelmente nem meus pais sabem com certeza quem eu sou. Não porque gosto que seja assim, mas porque me acostumei a ser assim. Ouvir muito mais do que falar, sempre; criar personagens para manter algo aqui, ali; para me equilibrar entre grupos com absolutamente nada em comum. Então tudo isso pode parecer grande esforço, mas na verdade é um esforço muito menor do que seria explicar tanta contradição.

Sou extremamente tímida (e já fui muito mais), mas se me pedirem para subir num palco e cantar, eu canto. Tem gente que vai ler isso e pensar: “Tímida? Não sei onde!”; e outros que dirão: “Não a imagino num palco”. Este é só o exemplo mais óbvio. Então, de uma vez por todas, vou simplificar:

Não gosto de música alta (salvo esporadicamente em boates); amo cachorro; amo escrever, mas sou preguiçosa (meu maior sonho é que inventem um gravador de pensamentos); adoro dormir com o sol nascendo, funciono muito melhor de madrugada; vejo vários filmes seguidos; gosto de cheiro de verão, mas prefiro inverno; odeio acordar cedo; amo sorvete de creme; tiro férias dos amigos (eles entendem); meu quarto é meu templo (também conhecido como masmorra); amo, e às vezes prefiro, ficar sozinha; adoro viajar; queria saber muito mais do que sei; gosto de Fórmula 1, mas não sei dirigir; gosto de caras que gostam de futebol, mas não entendo nada sobre o assunto (dos que gostam, não de jogadores. Odeio jogadores).

Se for para ouvir, que seja MPB, rockzinho ou até um forró; se for para ver, que seja alguma coisa que acrescente (filme de pancadaria e programa da Luciana Gimenez, to fora!); odeio gente que grita/assobia/cospe ou cutuca quando fala; amo chocolate; sou teimosa, mas sei dar o braço a torcer (sério); gosto de beber, assumo (não pela bebida, pelo efeito); dizem que sou mal-humorada.. não sei; não tenho, definitivamente, “paciência para fazer a social”; odeio: pseudointelectuais, gente meiga, gente que faz drama pra tudo e futilidade; adoro cheiro de livro novo, embora ache os antigos um charme; não sei falar ao telefone, às vezes treino antes; quero e não quero namorar; acho que não vou casar, não sei conviver; amo os prédios antigos do Centro; tenho T.O.C., mas de leve; não sei perdoar (estou trabalhando isso); meu sarcasmo me diverte, fato; adoro a lua, adoro o mar; amo meus amigos, família, todo mundo.. embora economize nos elogios.

Muito prazer,
Beatriz Gredilha.

Obs.: é claro que o mais complexo do todo não está aí, nem caberia. Espero que um dia alguém seja capaz de dizer para mim, e não o contrário. Porque, seja como for, essa pessoa será especial.

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